quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Relíquias

Hoje, como sempre estava no pc lendo o livro que fui forçado a ler pelo meu tutor. Aparentemente viajar até Kepler vai levar muito tempo e por isso eu preciso parecer inteligente. Mas desde que século as pessoas lêem? Que eu me lembre, elas fingem que leem e perguntam no site de busca o resumo da história. Já é tradição se fazer isso.

Meu PC é um tablete bem prático. Tem vários livros, mas fico revoltado com o fato de ter que usar os dedos pra deslizar as páginas. Quando eles vão criar um aplicativo pra usarmos as ondas cerebrais pra evitarmos tanto esforço? Ante ontem, visitando um gabinete de relíquias, me mostraram os primeiros livros. Eu sei que lá é tudo balela. Como eles acham que vou acreditar que no passado os livros tinham o peso de um tijolo e que não se deslizava as páginas?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sem city

Aqui na nave tudo é bem claro, limpo, higiênico...mas tudo também é bem artificial:

A luz não é a do sol. A sopa de frango não é feita de frango. O churrasco de domingo não é churrasco.

Meu tutor me disse que a humanidade já se acostumava em pequenas fases a ter tudo artificial. Pois não importava se era de verdade, o importante era ser agradável: desde alimentos até ao próprio corpo.

Agora, com licença, vou voltar a me divertir jogando Sem City 14:  Expansão Kepler Journey

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ficha Suja

Dizem que Kepler é muito bonito. Tem árvores, tem água, tem um ar limpo. Tem sua própria fauna, flora...

Tínhamos isso na Terra também. Mas destruímos tudo.

Me falaram que no espaço não verificam antecedentes criminais.

T.S.

Vingança

Então...

Eu viajo numa nave bem grande... Eu não sei o quão grande ela é... Mas me falaram que se nossa nave fosse a duração de um filme. A trilogia do Senhor do Anéis seria fichinha perto da nossa nave. Sim, eu assisti os clássicos.

Continuando... Como a nave é muito grande, para nos locomovermos mais rápido, temos transportes que atravessam as naves. São pequenos vagões que cabem 30 de nós dentro. A viagem é rápida. 3 minutos. Mas durante esse tempo tem gente que invés de esperar, fica botando o mp9 pra tocar para todo o mundo ouvir. Eu não gosto, nem ninguém do vagão, mas fazemos nada sobre isso. Me falaram que esse é um costume antigo e insistente desde o início dos tempos.

Certa vez tinha uma moça tocando o som dela no vagão, mas por desleixo (além da sua existência), ela deixou cair os materiais dela, bem na minha frente. Ela me olhou, eu olhei pra ela, e, virei a cara bem devagar.

T.S.


Alô Dolly


Me disseram que eu devia começar a escrever sempre com “meu querido Diário”.
Quantos anos eles acham que eu tenho? 11? Por favor, já sou um rapaz.
E meu nome não é Daniela.

Ah, sim. Estava saindo da cabine hoje pra exercitar um pouco as pernas, já que o exercitador portátil quebrou. Todos da nave tem um. É exigência que todos se exercitem. Uma idiotice ter tal regra, mas parece que eles tem medo que sejamos gordos que andem em poltronas flutuantes, sendo servidos por robôs... e depois atacados por um robô gari apaixonado por uma robô cientista sexy, enquanto os dois cantam ‘alô Dolly’.

Sim, foi o que eles disseram. E não, eu não entendi nada. 

T.S.